Madre Maria Teresa do Espírito Santo
*1917 – 1989+
Madre Maria Teresa do Espírito Santo
*1917 – 1989+
Isa de Abreu nasceu no Estado do Rio de janeiro em 16 de agosto de 1917, foi batizada na Igreja São João Batista da lagoa, Jardim Botânico, no dia 7 de outubro, festa de Nossa Senhora do Rosário. Recebeu a primeira Eucaristia na Festa da Assunção, 15 de agosto, no Colégio Santo Amaro onde estudava. Ali aprendeu o valor da Santa Missa, o amor à liturgia e ao canto Gregoriano. Mais tarde, orientada por sua tia Madre Maria José de Jesus, ocd, aprendeu a amar o Carmelo. Entrou na ordem Carmelita Descalça secular, na Basílica de Santa Teresinha – Rj, em 16 de julho de 1939, recebeu o nome de Irmã Maria Teresa do Espírito Santo. Fez a profissão no dia 16 de julho de 1940. Irmã Teresa trabalhava e se dedicava ao serviço no Abrigo social Horácio Lemos, em santa cruz, bairro do subúrbio da cidade do Rio de Janeiro, que era administrado pela prefeitura e estava em estado de abandono pela situação financeira. Em primeiro de abril de 1946, a Irmã Teresa deixa sua casa e se estabelece em Santa cruz no Instituto Horácio Lemos. Irmã Teresa rezava, trabalhava e, sobretudo confiava na providência Divina. Sacrifícios e provações não lhe faltaram. Dom Jaime que estava em visita Pastoral, chega ao instituto e encontra-se com a Irmã Maria Teresa, e vendo seu trabalho percebe com que amor a Irmã Teresa se dedicava àquelas crianças. Ao sair, Dom Jaime para e pergunta à Irmã Teresa: – “A senhora nunca pensou em fundar um instituto Religioso”? Mantendo o equilíbrio da mulher forte e corajosa, com o coração cheio de amor de Deus, Irmã Teresa faz deste amor sua total entrega ao serviço dos Irmãos e Irmãs pela causa do Reino, tendo presente as palavras de Jesus: “Tudo que fizestes a um destes pequeninos foi a mim mesmo que fizestes.” Na expressão de Dom Jaime.
“ERAM DUAS PESSOAS COMPLETAMENTE DIFERENTRES, MAS QUE SE COMPLETAVAM PERFEITAMENTE.”
Em 9 de Julho de 1951, Madre Maria Teresa foi admitida aos votos simples juntamente com Madre Maria Madalena, em cerimônia presidida por S. Excl. o Cardeal Dom Jaime. E em 16 de julho de 1952 ambos fazem os votos perpétuos. Madre Teresa escreve mais tarde: “Estávamos ainda iniciando a nossa fundação e por esta razão achamos que de fato e de direito Madre Maria Madalena é nossa Co-Fundadora”; e acrescenta: “Sua vida era a sua congregação.”
Dom Jaime de Barros Câmara
*1894 – 1971+
Foi um adolescente brilhante em todos os sentidos: nos estudos, nos esportes e na música. Numa certa manhã pergunta Frei Silvestre Düsterhaus, o que pretendia ser no futuro. Espontaneamente, quase sem pensar responde: “Padre”. Em março de l914, estava no Seminário Nossa Senhora da Conceição, em São Leopoldo, RS. Passados os anos, no dia 1 de Janeiro de 1920, na Catedral de Florianópolis, teve a imensa alegria de ser ordenado Sacerdote. Depois, como Reitor do seminário ensinava que era terminantemente proibido os seminaristas ficarem tristes, desconfiados e amuados. Em momento algum se deve ficar ocioso. Em l935, o Seminário Nossa Senhora de Lourdes recebeu a visita canônica, de Mons. Alberto Teixeira Pequeno. Ficou de tal modo impressionado com a organização do Seminário, que, mais tarde levou essas boas novas ao Papa Pio XI. No final do ano Padre Jaime era eleito Bispo de Mossoró – RN. Seu lema: “Ignem veni mittere” (Jo 8,42) – vim trazer o fogo sagrado. Em 15 de setembro de 1941 foi transferido para Belém do Pará, sendo o 5° Arcebispo. Transferido para São Sebastião do Rio de Janeiro a 3 de julho de 1943, tomou posse no dia 15 de setembro . Aos 49 anos de idade, realizando os prognósticos aventados desde o início do ano, estava no coração do Brasil na capital política e cultural do Brasil. Dia 20 de janeiro de 1964, benção da pedra fundamental da nova Catedral do Rio de Janeiro, que deveria Ter, mais bela, “apenas a Basílica de São Pedro”. Em 31 de maio de 1964, em cerimônia solene, presidiu a consagração do Brasil ao Imaculado Coração de Maria. Às vésperas de completar 75 anos se intensificaram as críticas ao seu trabalho, afirmava-se que não tinha mais saúde para trabalhar, que era omisso, acusações essas que muito sofrimento trouxeram a D. Jaime. Fiel à Igreja, de acordo com o Decreto Cristus Dominus, escreveu ao Papa Paulo VI a sua carta renúncia. Mas D. Jaime estava em paz com sua consciência, e esperava de Paulo VI a aceitação de sua renúncia. Esperou, e a resposta não veio. No dia 17 de fevereiro, viajou para a Aparecida do Norte, onde comemoraria, no dia seguinte, com o Cardeal D. Carlos Carmelo Vasconcelos Mota, os 25 anos de cardinalato. No dia 18 de fevereiro, às 10h00min, celebrou a Missa de ação de graças. Logo após dirigiu-se ao Palácio Paulino, onde estava hospedado e onde queria dar a versão definitiva de seu Testamento espiritual. Ao meio-dia começou a sentir fortes dores no peito. A um irmão leigo, D. Jaime pediu: “Reze por mim, reze por mim”. E olhando para Mons. Ivo Caliari e Cônego Adelino Coelho disse: “Estou morrendo”. Eram 12h30min. Às 18h00min do dia 19, Missa exequial na nova Catedral do Rio de Janeiro, ainda em construção. Seu sepultamento a inaugurou. Aos 76 anos de vida, D. Jaime de Barros Câmara deixou a cidade dos homens para ingressar, definitivamente, na cidade de Deus, que tanto anunciou e à qual sempre aspirou.
Madre Maria Madalena de São José
*1914 – 1984+
Nasceu em Paranaguá, estado do Paraná, no dia 1 de fevereiro de 1914, num domingo, véspera da festa da purificação de Nossa Senhora. Madre Madalena se chamava Lourdesine Goyanna, filha do Dr. José Goyanna primo e de D..Maria de Lourdes campos Goyanna. Madre Maria Madalena já pertencia à Ordem terceira de Nossa Senhora do Monte Carmelo e da Santa Teresa de Jesus, na Basílica de santa Teresinha do Menino Jesus. Em 8 de agosto de 1948 entrou na congregação das Irmãs carmelitas Descalças Servas dos Pobres do Brasil. Havia-se recém-alugado o antigo seminário menor dos Padres Barnabitas, em Jacarepaguá. Estava-se iniciando a fundação, por isso Madre Maria Teresa do Espírito Santo achou que era de fato e de direito, ser a co-fundadora. Madre Maria Madalena trabalhou muito, lecionava o quarto ano do curso de admissão, habilitando-a para prestar exame na sede educacional. Em 19 de dezembro de 1948 recebeu o Santo hábito e o nome religioso de Irmã Maria Madalena de São José, das mãos do Padre José Mazzei. Era exímia pianista, com curso na escola nacional de musica da universidade do Brasil, onde recebera o premio de “medalha de ouro” como virtuosa. Era também organista. Na festa de Nossa Senhora da Paz, em 98 de Julho de 1951, fez os seus primeiros votos nas mãos de nosso fundador Dom Jaime de Barros Câmara. Na festa de Nossa mãe Santíssima do Carmo, em 16 de Julho de 1952, emitiu os seus votos perpétuos, em cerimonia presidida pelo nosso Pai fundador. Logo depois foi criado o conselho geral da congregação, para o qual foi nomeada primeira assistente (Vice Superiora Geral) e mestra de formação, cargos que exerceu até seu chamado a casa do Pai. Em 1970 Madre Maria Madalena criou o artesanato São José, conhecedora profunda de belas artes, ensinou várias técnicas inéditas no Brasil. Era assistente e mestra da fraternidade de são José da ordem secular dos carmelitas Descalços, fundada em 24 de junho de 1980, na nossa sede generalícia, sob sua inspiração. Nossa Madre Maria Madalena de São José recebeu a unção dos enfermos das mãos do Padre Paulo, da pastoral dos enfermos da matriz da ressurreição, em plena consciência, disposição interior e grande espírito de fé, tendo agradecido de maneira comovedora ao sacerdote. teve o conforto de receber absolvição dada poucos instantes antes de entregar sua bela alma ao criador. Serenamente entregou a sua alma num sábado, dia 12 de maio de 1984, as 22h20m no hospital de Ipanema.