Capela virtual
Mistérios Gozosos (da Alegria)
(Segunda – feira e sábado)

1º Mistério
A Anunciação do Anjo a Nossa Senhora (Lc 1, 26-38)

MEDITANDO SOBRE A HUMILDADE
Não pode haver humildade sem amor, nem amor sem humildade. A humildade é que nos trouxe do céu o Senhor às entranhas da Virgem, e graças a ela é que O traremos ás nossas almas. Crede-me, aquela que tiver maior humildade, será a que mais possuirá o Senhor.  (Caminho de Perfeição 16,2)
Convém nos lembrar do que fez a Virgem Nossa Senhora, com toda a sua sabedoria, perguntando ao anjo: Como se fará isso? E quando o anjo lhe disse: O Espírito Santo virá sobre ti; a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra, ela não tratou de mais disputas. Como quem tinha grande fé e sabedoria, percebeu algo que, diante da intervenção dessas duas coisas, nada mais havia para saber ou de que duvidar. Ela não foi como alguns letrados que querem entender a coisa com tanta razão e tão medidas pelo seu intelecto que não parece senão que, com suas letras, eles haverão de compreender todas as grandezas de Deus. Se eles aprendessem um pouco da humildade da Virgem Sacratíssima!  (Conceitos do amor de Deus 6,7)

2º Mistério
A Visitação de Nossa Senhora à Santa Isabel (Lc 1, 39-56)
MEDITANDO SOBRE A DISPONIBILIDADE EM SERVIR
Imagina-te sempre serva de todos, vê Cristo em todos. Terás assim, respeito e reverência por todos. (Avisos 25)
Ó caridade dos que verdadeiramente amam o Senhor e auscultam seu coração! Não tem descanso quando percebem que podem contribuir, ainda que seja um pouquinho, para que Deus seja mais amado! Não haja desconsolo quando a obediência vos ocupar em coisas exteriores. Entendei que, até mesmo na cozinha, entre as panelas, anda o Senhor a ajudar-nos, interior e exteriormente.(Fundações 5, 5.8)

A união com  Deus deve sempre produzir obras e mais obras. É a verdadeira prova de ser graça feita por Deus. Com efeito, pouco adianta estar muito recolhida na solidão, fazendo atos de amor a presença de Deus, se, ao sair, apresentando-se uma ocasião, faço justamente o contrário. (Moradas 4, 6-7)

3º Mistério
O Nascimento de Jesus no presépio de Belém (Lc 2, 2-20)
MEDITANDO A BELEZA DESSE MISTÉRIO
Já que, Deus nos deu o Amor
Não há nada que temer…
Seu Único Filho / O Pai nos envia:
Nasce hoje na lapa, / Da Virgem Maria.
O homem – que alegria! / É Deus!…
Que amor e que brio! / Vem Deus, inocente
A padecer frio;
Deixa o senhorio que tem.
(Poesias 13)

4º Mistério
A Apresentação do Menino Jesus no Templo (Lc 2, 22-38)
MEDITANDO SOBRE A FÉ
O justo Simeão não via do glorioso Menino pobrezinho senão aquilo que  O envolvia e as poucas pessoas que iam com Ele na procissão, sendo mais possível que O julgasse, diante disso, antes filho de pobres do que do Pai celestial; mas o próprio Menino se deu a conhecer (Caminho de Perfeição 31, 2)
Para ver que é Deus este Infante, / Não procures nenhuma razão. / Dá-lhe o coração e a alma enamorada. (Poesias 17)

5º Mistério
O encontro do Menino Jesus no Templo entre os Doutores (Lc 2, 41-50)
MEDITANDO SOBRE A PRESENÇA DE SÃO JOSÉ NO PLANO SALVÍFICO
Não sei como se pode pensar na Rainha doa Anjos, no tempo em que tanta angústia passou com o Menino Jesus, sem se dar graças a São José pela ajuda que lhes prestou. Se a outros santos o senhor parece ter concedido a graça de socorrer numa dada necessidade, a esse Santo glorioso, a minha experiência mostra que Deus permite socorrer em todas, querendo dar a entender, que São José, por ter-lhe sido submisso na terra, na qualidade de pai adotivo, tem no céu todos os seus pedidos atendidos. (Livro da Vida 6, 6)

Mistérios Luminosos
(Quinta – feira)

1º Mistério
O Batismo de Jesus no Rio Jordão (Mt 3, 13-17)
MEDITANDO A NOSSA FILIAÇÃO DIVINA
A voz que se ouviu no Batismo disse que Vos comprazeis com vosso Filho. E haveremos de ser todos iguais, Senhor? Ó que grandíssima misericórdia, que favor tão imenso que não o podemos merecer! Ó alma minha! Considera o grande deleite e o imenso amor que tem por nós o Pai em conhecer seu Filho, e o Filho em conhecer seu Pai, Bem, como o ardor com que o Espírito Santo se junta a eles. Pensa que nenhuma dessas pessoas pode se apartar, por serem todas uma só e mesma coisa. Essas soberanas pessoas se conhecem, se amam, deleitando-se umas com as outras. Para que serve, pois, o meu amor? Para que o quereis, Deus meu, o que ganhais? Alegra-te, alma minha, porque há quem ame o teu Deus como Ele merece. Alegra-te, pois há quem conheça sua bondade e valor. Dá-lhe graças por Ele nos ter dado na terra quem assim O conhece, como o Seu Filho único que é. Com esse amparo poderás chegar-te a Ele e suplicar-lhe que, como Sua Majestade se deleita contigo, em todas as coisas da terra sejam o bastante para afastar-te do deleitar-se e alegrar-te na grandeza do teu Deus e em como merece ser amado e louvado. (Exclamações da alma de Deus)

2º Mistério
A Revelação de Jesus nas Bodas de Caná (Jo 2, 1-11)
MEDITANDO SOBRE A INTERCESSÃO DE MARIA
Reconhecidamente tenho encontrado essa Virgem soberana sempre que me encomendo a Ela. (Livro da Vida 1, 7)
É costume Seu favorecer os que buscam o Seu amparo. (Fundações 23, 4)
Visto que servis a uma Senhora tal como a Virgem e Ela ora por nós, não vos aflijais por nada, apesar das razões que tiverdes. (Cartas 08/1571)

3º Mistério
O Anúncio do Reino de Deus, um Convite a Conversão (Mt 4, 12-23)
MEDITANDO “VENHA A NÓS O VOSSO REINO”
Como o Vosso Pai faz aquilo que Lhe pedis – dar – nos aqui o seu Reino -, sei que ao Vos deixaremos faltar com a Verdade ao dardes o que dais por nós. Porque, tornada a terra céu, será possível fazer-se em mim a Vossa vontade. (Caminho de Perfeição 32, 2)
A pessoa se sente muito perto de Deus e vê que se entende com Ele por sinais; está no palácio, ao lado do seu Rei, e vê que Ele começa a lhe dar o “seu Reino” aqui na terra. (Caminho de Perfeição 31, 3)

4º Mistério
A Transfiguração de Jesus no Monte Tabor (Lc 9, 28-36)
MEDITANDO A NOSSA TRANSFORMAÇÃO ATRAVÉS DA ORAÇÃO
A pessoa em oração sente-se muito perto de Deus. Está embebida e absorta, com a satisfação e o prazer que a inundam, que ao se lembra da existência de algum outro desejo; de bom grado, diria, com São Pedro: “Senhor, façamos aqui três tendas”.(Caminho de Perfeição 31, 3)
Entende por experiência como o Senhor ajuda e transforma uma alma a ponto de transfigurá-la. Com efeito, a fraqueza que antes sentia para fazer penitência, transformou-se em força; o apego aos parentes, amigos e posses converte-se em peso. A alma tem pena de se ver 
Obrigada àquilo que, para não ir contra Deus, é preciso fazer. Tudo a cansa, porque ela provou que o verdadeiro descanso não pode ser oferecido pelas criaturas. Ó Senhor! Que novos sofrimentos começam para essa alma! Quem diria que tal viesse a acontecer depois de graça tão elevada? Enfim, de uma maneira ou outra, há de existir cruz enquanto vivermos. E eu diria que nunca chegou até aqui aquele que afirma estar sempre em descanso e deleite depois que o fez. Creio que não se tratou senão de algum gosto favorecido pela fraqueza natural, e até talvez pelo demônio, que lhe dá paz para depois lhe mover uma guerra ainda mais renhida. (Livro da Vida/Moradas 2,8)

5º Mistério
A Última Ceia de Jesus com os Apóstolos e a Instituição da Eucaristia (Lc 22, 14-20)
MEDITANDO “O PÃO NOSSO DE CADA DIA”
Tive a impressão de que ser o nosso Pão de cada dia significa que O possuímos na terra e O possuiremos também no Céu, se aproveitarmos bem a Sua companhia, pois Ele não está aqui conosco senão para nos ajudar, para nos sustentar e para nos animar a fazer essa vontade que temos pedido faça-se em nós… E só morreremos de fome por nossa própria culpa, porque, coma como comer desse alimento, a alma achará no Santíssimo Sacramento delícias e consolos. (Caminho de Perfeição 34, 1-2)

Mistérios Dolorosos
(Terça e sexta – feira)

1º Mistério
Oração e Agonia de Jesus no Jardim das Oliveiras (Mt 26, 36-46)
Em todos estes Mistérios a meditação é sobre o Amor de Cristo por nós: “Amou-nos até o fim”.

Eu rezava assim: esforçava-me por representar Cristo dentro de mim, e sentia-se melhor – ao que parece –  nas passagens onde o via mais sozinho. Eu acreditava que, estando só e aflito, Ele haveria de me acolher, sendo eu pessoa necessitada. Eu me sentia muito bem, em especial na oração do Horto, onde Lhe fazia companhia; ficava pensando No suor e na aflição que ele sofrera, desejando, caso fosse possível, enxugar-lhe o suor tão doloroso, mas lembro-me de que nunca ousei fazê-lo, pois vinham à lembrança os meus graves pecados; eu ficava ali, com Ele. Por longos anos, quase todas as noites, antes de dormir, ao me encomendar a Deus para dormir, eu sempre pensava um pouco nessa passagem da oração do Horto, mesmo antes de ser monja, porque me disseram que com isso se obtinham muitos perdões; e tenho para mim que a minha alma muito ganhou com isso, porque comecei a orar sem saber que o fazia, tendo esse costume ficado tão constante que nunca o abandonei. (Livro da Vida 9, 4)

2º Mistério
A Flagelação de Nosso Senhor (Mt 27, 26)
Aconteceu-me de, entrando um dia no oratório, ver certa imagem representando o Cristo coberto de chagas. Era tão impressionante que, só de vê-Lo em tal estado, fiquei muito perturbada. Mostrava ao vivo o que passara por nós. Foi tal o sentimento de ser tão mal agradecida para com aquelas feridas, que se me partira o coração. Supliquei-lhe então que me fortalecesse para nunca mais O ofender.
(Livro da Vida 9, 1)

3º Mistério
A Coroação de Espinhos (Mt 27, 27-31)
Eu tinha uma grande devoção a este mistério da coroação de espinhos. Pensava que grande tormento devia Nosso Senhor suportar.
(Relações 9)
Ó Senhor, quando vejo de quantas maneiras sofrestes sem merecer, que dizer de mim?!… Que importa que as criaturas nos condenem, se a Vossos olhos somos inocentes? Ainda que não houvesse outra vantagem que a da confusão de quem vos acusou injustamente, ao ver como, sem culpa, Vos deixastes condenar, isto já seria grandíssimo bem. (Caminho de Perfeição 15, 5-6)

4º Mistério
Jesus a caminho do Calvário e o encontro com a sua Mãe (Lc 23, 26-32)
Contemplai Nosso Senhor carregando a cruz, sem que os algozes O deixem, pelo menos, respirar à vontade. Ele porá em vós olhos tão belos, compassivos, cheios de lágrimas, e esquecerá suas dores para consolar as vossas. Falai-Lhe então, não com orações preparadas, mas deixando o vosso coração sofrido transbordar, porque orar assim é de grande valor a seus olhos. Se realmente, Senhor, tudo quereis sofrer por mim, de que vale isto que estou sofrendo por Vós? De que posso me queixar? Caminhemos juntos, Senhor! Por toda parte por onde fordes, quero ir também. Onde passardes, quero também passar. (Caminho de Perfeição 26, 5-6)

5º Mistério
A Crucificação e Morte de Jesus (Jo, 19, 17-30)
Ponde os olhos no Crucificado e tudo vos parecerá pouco. Se Sua Majestade nos mostrou o Seu amor com tão espantosas obras e sofrimentos, como quereis contentá-Lo só com palavras? Sabeis o que significado ser de fato espiritual? É fazer-se escravo de Deus, marcado com o Seu selo, o da cruz. Assim nos poderá vender como escravos de todo mundo como Ele próprio foi. Com isso não nos injuria, mas nos concede imensa graça. Já Lhe entregamos toda a nossa liberdade. (Moradas 4, 8 )

Mistérios Gloriosos
(Quarta – feira e domingo)

1º Mistério
A Ressurreição de Jesus Cristo (Mt 28, 1-10)
MEDITANDO A ALEGRIA DA VITÓRIA DE CRISTO
Vede-O ressuscitado, pois o simples imaginar que Ele saiu do sepulcro vos alegrará. Com que esplendor, com que formosura, com que majestade, quão vitorioso, quão alegre! Como quem se saiu bem da batalha onde conquistou um reino tão importante, que Ele deseja dar-vos por inteiro, junto Consigo. Assim, será muito que volteis os olhos de vez em quando para Aquele que tanto vos dá? (Caminho de Perfeição 26, 4)

2º Mistério
A Ascensão de Jesus ao Céu (At 1, 6-11)
MEDITANDO SOBRE O CÉU
Oh! Como seria bom falar aqui, da contemplação perfeita! Oh, com quanta razão a alma entraria em si para melhor elevar-se acima de si mesma, para aí escutar desse Santo Filho palavras sobre o lugar onde Ele diz que está o Seu Pai, que é no céu! Afastemo-nos da terra, pois é justo que se tenha em alta conta uma graça como esta, sendo incoerente que, tendo conhecido a sua grandiosidade, permanecêssemos na terra. (Caminho de Perfeição 27, 1)

3º Mistério
A Descida do Espírito Santo sobre Nossa Senhora e os Apóstolos (At 1, 12-14 e 2, 1-4)
MEDITANDO SOBRE A PESSOA DO ESPÍRITO SANTO
Permanecei entre o Pai e o Filho, e encontrareis, sem dúvida, o Espírito Santo. Que esse Espírito tome conta da vossa vontade, e a prenda o amor tão grande que Ele tem. (Caminho de Perfeição 27, 7)
O Espírito Santo é o mediador entre Deus e a alma. É Ele quem a move com tão ardentes desejos e faz abrasar-se no fogo soberano que está tão perto dela. (Conceitos do amor de Deus 5, 5)

4º Mistério
A Assunção de Nossa Senhora ao Céu em corpo e alma (1Cor 15, 12-23)
Num dia da Assunção da Rainha dos Anjos e Senhora nossa, dignou-se o Senhor, num arrebatamento, fazer-me ver a sua entrada no Céu… Via a alegria e a solenidade com que foi recebida e o lugar onde ela está. Foi grandíssima a exultação do meu espírito, com a visão de tão imensa glória. Senti elevados efeitos e tirei por fruto um desejo maior de sofrer por amor e também vivas ânsias de servir a esta Senhora que tal glória mereceu. (Livro da Vida 39, 26) 

5º Mistério
A Coroação de Nossa Senhora como Rainha do Céu e da Terra (Ap 12, 1-17)
O Grande bem que se goza no Reino dos Céus, entre outros, é a alma encontrar repouso e floria dentro de si mesma, e se rejubila com a alegria de todos. Possui uma paz eterna; experimenta uma satisfação interior sem limites ao ver como todos santificam, louvam e bendizem o Senhor. (Caminho de Perfeição 30, 5)
A Alma que reconhece suas fragilidades se faz devota da Rainha do Céu.
(Livro da Vida 19, 5)

Via Sacra com Santa Teresa de Jesus

(Em cada estação: Nós vos adoramos Senhor Jesus Cristo e Vos bendizemos, porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo.)

(No fim de cada estação: Meu Jesus Misericórdia. Doce coração de Maria, sede a minha Salvação.)

1º Estação – Jesus é condenado à morte
(Caminho de perfeição 15, 5)

Ó Senhor meu! Quando penso nos muitos sofrimentos que padecestes sem ter merecido nenhum, não sei o que dizer de mim, nem onde estava com a cabeça quando não queria sofrer, nem onde tenho o juízo quando me Desculpo. Vós já sabeis, bem meu, que, se tenho algum bem, ele não me é dado por outras mãos senão pelas Vossas. Será, Senhor, que vos é mais difícil dar muito do que pouco? Se é porque não o mereço, eu tão pouco merecia os favores que me tendes concedido. Será possível esperar que sempre se tenha uma boa impressão de criatura tão vil quanto eu, quando tantas coisas ruins disseram de Vós, que sois o bem que supera todos os bens?
Não, não é possível suportar, é intolerável, Deus meu – nem queria eu que Vós o suportásseis – , que haja em vossa serva meus olhos estão cegos e se contentam com muito pouco. Dai me luz e fazei que, com sinceridade, eu deseje que todos se aborreçam de mim, já que tantas vezes eu me aborreci de Vós, que me amais com tanta fidelidade.

2º Estação – Jesus recebe a cruz
(Fundações 10, 11 e Caminho de Per. 32, 7)

Ó Filho do Pai Eterno, Jesus Cristo, Nosso Senhor, Rei verdadeiro de tudo! Que deixastes no mundo? Que podemos herdar de Vós? Os vossos descendentes? Que possuístes, Senhor meu, além dos sofrimentos, dores e desonras, e não tivestes mais do que um madeiro para sorver o trabalhoso trago da morte? Enfim, Deus meu, os que quiseram ser de fato filhos Vossos e não renunciar à herança não devemos fugir do padecimento. Vossas armas são cinco chagas. Eia pois filha minha, esta há de ser a nossa divisa, se quisermos herdar o Seu Reino; não com descansos, não com prazeres, não com honrar, não com riquezas haveremos de Ganhar o que Ele adquiriu com tanto sangue. Oh gente ilustre! Abri por amor de Deus os olhos; vede que os verdadeiros cavaleiros de Jesus Cristo e os príncipes de Sua Igreja, um São Pedro, um São Paulo, não trilhavam o caminho que seguis. Pensais por ventura que haverá um novo caminho para vós? Não o acrediteis. Vede que o Senhor começa a vo-lo mostrar por pessoas de tão pouca idade quanto aquelas de que agora falamos.
Assim filhas… Deus dá de acordo com o amor que nos tem; aos que amam mais, dá mais dessas dádivas; aos que amam menos, dá em menor quantidade, tudo de acordo com a disposição que vê em cada um e com o amor que cada qual tem por Sua Majestade. Ele vê que quem o ama muito pode padecer muito por Ele, e quem ama pouco, pouco. Acredito que a medida do amor é a capacidade de levar a cruz, grande ou pequena. (…)

3º Estação – Jesus cai pela primeira vez
(Caminho de Perfeição 16, 7)

Ó Senhor meu, quantas vezes vos fazemos andar a braços com o demônio! Não bastou que vos deixásseis tomar neles quando Vos levou ao pináculo, para nos ensinardes a vencê-lo? Mas, que seria, filhas, ver aquele Sol junto com as trevas e que temor não levaria aquele desventurado sem saber de quê, pois Deus não permitiu a entendesse! Bendita seja tanta piedade e misericórdia, que vergonha deveríamos ter nós cristãos, de O fazer andar cada dia a braços com tão suja besta. Bem preciso foi, senhor, que os tivésseis tão fortes; mas, como não Vos ficaram eles fracos de tantos tormentos que passastes na cruz? Oh! Que tudo o que Se sofre com amor torna a curar-se! E assim creio que, se ficásseis com vida, o mesmo amor que nos tínheis, tornaria a soldar Vossas chagas, e não seria mister outra medicina. Ó Deus meu! E quem tal a pusesse em todas as coisas que me dessem pena e trabalhos! Que de boa vontade as desejaria se tivesse por certo ser curada com tão salutar unguento!

4º Estação – Jesus encontra encontra-se com sua Santíssima Mãe
(Caminho de Perfeição 26, 8)

Direis, irmãs, como poderá ser isto, que se O vísseis com os olhos do corpo no tempo em que Sua Majestade andava no mundo, o faríeis de boa vontade e o olharíeis sempre para Ele. Não acrediteis Nisso, pois quem agora não quer fazer um pouquinho de esforço, ao menos para recolher a vista e ver dentro de si a este Senhor, muito menos ficaria ao pé da cruz com Madalena, que via a morte diante dos olhos. Oh! Quanto deve ter passado a gloriosa Virgem e esta bendita Santa! Quantas ameaças, quantas palavras más e que descomedidas e quantos encontrões. Pois, que gente cortês era essa com quem se haviam? Sim! Eram cortesãos do inferno, eram ministros do demônio. Por certo que devia ter sido terrível coisa o que passaram; mas diante de outra maior dor, não sentiriam a sua. Assim, irmãs, não vos julgueis prontas para tão grandes trabalhos, se não sois para coisas tão pequenas. Exercitando-vos nestas, podereis chegar a outras maiores.

5º Estação – Jesus é ajudado pelo Cirineu
(Caminho de Perfeição 26, 7)

Pegai, filhas, naquela cruz. Não se vos dê nada que vos atropelem os judeus, para que Ele não vá em tanto trabalho. Não façais caso do que vos disserem. Fazei-vos surdas às murmurações. Tropeçando, caindo com o vosso Esposo, não vos aparteis da cruz, nem a deixeis. Olhai muito ao cansaço com que vai e quanto seus trabalhos levam vantagem ao que vós padeceis.Por grande que o queirais pintar, e por muito que os queirais sentir, saireis consoladas deles, porque vereis serem uma farsa comparados com os do Senhor.

6º Estação – Verônica enxuga o rosto de Jesus
(Caminho de Perfeição 26, 6)

Ó Senhor do mundo, verdadeiro Esposo meu! – Podeis dizer-lhe, se o vosso coração se enterneceu de O ver assim, que não só queirais olhar para Ele, mas tenhais gosto de falar com Ele; não orações compostas, mas da pena do vosso coração, que Ele as tem em muita, muita conta -, tão necessitado estais, Senhor meu e meu bem, que queirais admitir uma pobre companhia como a minha e vejo em Vosso semblante que Vos consolastes comigo? Pois como, Senhor meu, é possível que vos deixem só os anjos e que nem mesmo Vos console o Vosso Pai? Se assim é, Senhor, que tudo isto quereis passar por mim, que é isto o que eu Passo por Vós? De que me queixo? Que já tenho vergonha de assim Vos ter visto e quero passar, Senhor, todos os trabalhos que me vierem e tê-los em grande bem para Vos imitar nalguma coisa. Andemos junto, Senhor; por onde fordes, tenho de ir; por onde passardes, tenho de passar.

7º Estação – Jesus cai pela segunda vez
(Caminho de Perfeição 35, 2)

(…) Pois irmãs, (…) lembrai-vos que há poucas almas que O acompanhem e O sigam nos seus trabalhos; passemos alguma coisa por Ele, que Sua Majestade no-lo pagará. E lembrai-vos também de quantas pessoas haverá que, não só não querem estar com Ele, mas com grosseria O expulsam de si. Pois, alguma coisa temos de passar para que Entenda que temos desejo de O ver. E pois tudo sofre e sofrerá para achar uma só alma que O receba e tenha em si com amor, seja esta a vossa; porque, a não haver nenhuma, com razão não Lhe consentiria o Pai Eterno ficar conosco. Mas é tão amigo de amigos e tão Senhor de Seus servos que, vendo a vontade de Seu Filho, não o quer estorvar em obra tão excelente e onde tão perfeitamente mostra o amor que tem a Seu Pai.

8º Estação – Jesus encontra as santas mulheres
(Exclamações 12, 4 e 5)

Ó mortais, recuperai, recuperai os sentidos!Contemplai Vosso Rei, pois agora O Encontrareis manso; acabe-se já a maldade; voltem-se vossas fúrias e forças contra quem vos faz a guerra e vos quer tirar vossos direitos. Voltai, voltai à razão, abri os olhos, pedi com grandes clamores e lágrimas luz a quem a deu ao mundo. Entendei-vos, pelo amor de Deus, pois ides matar com todas as vossas forças Aquele que, para vos dar vida, perdeu a Sua, vede que é Ele quem vos defende dos vossos inimigos. E se tudo isso não bastar, baste-vos reconhecer que nada podeis contra Seu poder e que, cedo ou tarde, havereis de pagar com o fogo eterno tão grande desacato e atrevimento. É porque vedes essa Majestade tão atada e ligada com amor que nos tem? Que mais faziam aqueles que lhe deram a morte senão, depois de tê-lo atado, dar-Lhe golpes e feri-Lo? Ó, meu Deus, como padeceis por quem tão pouco se condói de Vossos sofrimentos! Tempo virá, Senhor, em que se haverá de dar a entender Vossa justiça e se é igual a Vossa misericórdia. Vede, cristãos, consideremos bem, e jamais poderemos acabar de compreender o que devemos a Nosso Senhor Deus, nem as magnificências de Suas misericórdias. Pois se for tão imensa a sua justiça, ó dor, ó dor, que será dos que tiverem merecido que ela se execute e resplandeça neles?

9º Estação – Jesus cai pela terceira vez
(Caminho de Perfeição 26, 5)

Se estais em trabalhos ou tristes, vede-O a caminho do Horto: que aflição tão grande levava em Sua alma, pois, com ser a mesma paciência, confessa essa aflição e dela se queixa. Ou vede-O atado à coluna, cheio de dores, sua carne toda feita em pedaços pelo muito que vos ama; tanto padecer, perseguido por uns, cuspido por outros, negado pelos seus amigos, desamparado por eles, sem ninguém que seja por Ele, gelado de frio, posto em tanta soledade, que um com o outro vos podeis consolar. Ou vede-O carregado com a cruz, que nem o deixavam tomar fôlego. Olhar-vos-á, com olhos tão formosos e piedosos, cheios de lágrimas, e olvidará Suas dores para consolar as vossas, só por irdes consolar-vos com Ele e voltardes a cabeça a fitá-Lo.

10º Estação – Jesus é despojado de suas vestes
(Caminho de Perfeição 36, 5 e 6)

Ó Senhor, Senhor! Não sois Vós o nosso modelo e Mestre? Sim, por certo. Pois, em que esteve a Vossa honra, honrador nosso? Não a perdestes, por certo, em ser humilhado até a morte. Não, Senhor, senão que a ganhastes para todos. Oh! Por amor de Deus, irmãs! Temos perdido o caminho, porque vai errado desde o princípio, e praza a Deus não se perca alguma alma por guardar estes negros pontos de honra, sem entenderem em que está a honra. E depois chegaremos até a pensar que temos feito muito se perdoamos umas coisinhas destas, que nem era agravo, nem injúria, nem nada; e tal como quem tem feito algo, viremos pedir ao Senhor que nos perdoe, pois temos perdoado! Dai-nos, meu Deus, a entender que não nos entendemos, e que estamos com as mãos vazias, e perdoai-nos Vós por Vossa misericórdia! Que em verdade, Senhor, eu não vejo coisa alguma que mereça pôr-se diante de Vós para nos fazerdes tão grande mercê, a não ser por amor de quem Vo-lo pede.

11º Estação – Jesus é pregado na Cruz
(Exclamações 10, 1 e 2)

Ó Deus de minha alma, como nos apressamos em Vos ofender, e como Vos apressais ainda mais em nos perdoar! Qual a causa de tão desatinado atrevimento? Será o termos entendido Vossa grande misericórdia e termos esquecido de que é justa Vossa justiça?
Cercaram me as dores da morte. Oh! Oh! Oh! Que grave coisa o pecado pois bastou para matar a Deus com tantas dores! E quão cercado estais, Meu Deus, deles! Onde podeis ir sem que eles Vos atormentem? Em toda parte os mortais Vos causam feridas. Ó Cristãos, é chegado o momento de defender Vosso Rei, e acompanhá-Lo em tão grande solidão. Pois são muito poucos os vassalos que lhe restaram e grande a multidão que acompanha Lúcifer. E o pior é que se mostram amigos em público e o vendem em segredo; quase não há em quem se fiar. Ó amigo verdadeiro, quão mal vos paga o que é traidor! Ó cristãos verdadeiros, ajudai Vosso Deus a chorar, porque não são só por Lázaro essas lágrimas, mas pelos que não haveriam de querer ressuscitar mesmo que Sua Majestade o chamasse em altos brados.

12º Estação – Jesus morre na cruz
(Caminho de Perfeição 42, 1)

Parece-me que tem razão o bom Jesus ao pedir isto para Si, porque bem vemos como estava cansado desta vida, quando na Ceia disse a Seus Apóstolos: <<Desejei com grande desejo comer convosco esta ceia>>, que era a última da Sua vida. Por aí se vê que cansado já devia estar de viver. Agora não se cansarão, mesmo que tenham cem anos, mas sempre com desejos de viver mais. Verdade é que não a passamos tão mal nem com tanto trabalho como Sua Majestade a passou, nem tão pobremente. Que foi toda a Sua Vida, senão uma contínua morte, trazendo a que Lhe haviam de dar tão cruel sempre diante dos olhos? E isto era o menos: mas tantas ofensas como as que se faziam a Seu Pai, e uma multidão tão grande de almas com as que se perdiam! Pois se aqui, há uma alma que tenha caridade, isto lhe é grande tormento, que seria a caridade infinita deste Senhor? E quanta razão tinha de suplicar ao Pai que O livrasse já de tantos males e trabalho e O Pusesse para sempre no descanso de seu Reino, pois era dele o verdadeiro herdeiro!

13ª Estação – Jesus é descido da Cruz
(Contas de consciência 26, 1)

No dia de ramos, acabando de comungar, entrei em grande suspensão, de modo que nem podia engolir a Espécie, tendo-A na boca senti verdadeiramente, ao voltar um pouco a mim, que toda ela enchera de sangue. Parecia-me que o rosto e todo o meu corpo também estava coberto d’Ele, como se então o Senhor acabasse de derramá-lo. Parecia-me que estava quente e que era excessiva a sua vida de que eu sentia. E disse-me o Senhor: “Filha, Eu quero que o Meu sangue te seja de proveito, e que não tenhas medo de a Minha misericórdia te falte. Eu o derramei com muitas dores, e tu, como vês, gozas dele com tão grande deleite, bem te pago o convite que me fazias neste dia”.

14ª Estação – Jesus é sepultado
(Exclamações 17,4 e 6)

Ó vida inimiga do meu bem, Quem tivesse permissão para acabar contigo! Suporto-te, porque Deus te suporta; mantenho-te porque és Dele; não me traias nem seja ingrata a mim. Apesar disso tudo, ai de mim, Senhor, quão longo é o meu desterro! Breve é todo o tempo para dá-lo por vossa eternidade; muito longo é um só dia, e mesmo uma hora, para quem não sabe e teme Vos ofender. Ó livre arbítrio, tão escravo de tua liberdade se não viveres ancorado no temor e no amor de quem te criou! Ó quando virá o ditoso dia em que te hás de ver afogado no mar infinito da Suma Verdade, onde já não serás livre para pecar nem o quererás ser, porque estarás protegido de toda miséria, familiarizado com a vida do teu Deus. Bem-aventurados os que estão inscritos no Livro desta vida. Mas ti, alma minha, se o estás, porque estás triste e me perturbas? Espera em Deus, que ainda agora confessarei a Ele meus pecados e reconhecerei Suas misericórdias. E, de tudo junto,farei um cântico de louvor com suspiros perpétuos a meu salvador e Deus. Pode ser que venha algum dia em que eu Lhe cante a minha glória, que a minha consciência, na qual já terão cessado todos os suspiros e medos, não seja compungida. Nesse momento, a minha força estará na esperança e no silêncio. Mas quero viver e morrer aspirando e pretendendo a vida eterna, que possuir todas as criaturas e todos os seus bens, que haverão de se acabar. Não me desampares, Senhor, porque em Ti espero; que a minha esperança não seja confundida. Que eu Te sirva sempre, e faz de mim o que quiseres.

15ª Estação – Jesus Ressuscita
(Vida 28, 3-8 e Vida 22,6)

Um dia, durante a Missa se me representou Nosso Senhor na sua sacratíssima humanidade, como é pintado após a Ressurreição. Apareceu-me com formosura e majestade incomparáveis… Era o Cristo Vivo! Fez-me compreender claramente que Ele é Deus e Homem, não com estivera no sepulcro, mas como depois de ressuscitado. Quem nos impede de estar com Jesus após a Ressurreição, tendo-O tão perto de nós no Santíssimo sacramento?

Orações Diversas – Terço da Misericórdia

“Pela recitação desse Terço agrada-Me dar tudo que Me pedem. Quando o recitarem os pecadores empedernidos, encherei suas almas de paz, e a hora da morte deles será feliz. Escreve isto para as almas atribuladas: Quando a alma vê e reconhece a gravidade dos seus pecados, quando se desvenda diante dos seus olhos todo o abismo da miséria em que mergulhou, que não desespere, mas se lance com confiança nos braços da minha Misericórdia, como uma criança nos braços da mãe querida. Estas almas têm sobre meu Coração misericordioso um direito de precedência. Diz que nenhuma alma que tenha recorrido à minha Misericórdia se decepcionou nem experimentou vexame…” “….Quando rezarem este Terço junto aos agonizantes, Eu me colocarei entre o Pai e a alma agonizante, não como justo Juiz, mas como Salvador misericordioso”.

COMO REZAR
Primeiro reze um Pai Nosso, uma Ave Maria, e o Credo

Nas contas maiores:
“ETERNO PAI, eu Vos ofereço o Corpo e Sangue, Alma e Divindade de Vosso muito Amado Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação dos nossos pecados e do mundo inteiro.”

Nas contas menores:
“Pela Sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro.”

Conclua rezando três vezes:
“Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende piedade de nós e do mundo inteiro.”
“Ó Sangue e Água que jorrastes do Coração de Jesus, como fonte de misericórdia para nós, eu confio em Vós”.

“Às três horas da tarde implora à Minha Misericórdia, especialmente pelos pecadores, e, ao menos por um breve tempo, reflete sobre a Minha Paixão, especialmente sobre o abandono em que Me encontrei no momento da agonia. Esta é a hora de grande Misericórdia para o mundo inteiro. Permitirei que penetres na Minha tristeza mortal. Nessa hora nada negarei à alma que Me pedir em nome da Minha Paixão.”

Angelus

A hora do ângelus, também conhecida como a hora das Ave- Marias é rezada as 06:00, as 12:00 e as 18:00 horas. O objetivo dessa oração é relembrar o momento da anunciação do anjo Gabriel a Maria, trazendo as boas novas de que o salvador iria nascer de uma virgem sem pecado.

Esse costume nasceu da piedade Católica durante a Idade Média. No inicio se rezava apenas ao nascer do dia, depois passou a ser rezada também ao meio dia e com o passar do tempo as Orações passaram a ocorrer durante o entardecer. Ao tocar os sinos das Igrejas durante essas horas a população se reunia para rezar. No período de guerra contra os Turcos o Papa Calisto III relacionou as Orações Católicas com o chamado das Orações mulçumanas e incentivou a prática para pedir a proteção da Virgem Maria na luta contra os que ameaçavam a Fé Cristã. A orientação do Papa foi de total importância para que o costume se firmasse de uma vez por todas entre os Católicos. São Pedro Canísio, doutor da Igreja, também incentivou a realização das orações para a Virgem Santíssima durante as três horas do dia. Os últimos Papas mantiveram a prática, todos os dias as orações acontecem no vaticano e durante o meio dia uma multidão se reúne para rezar, tendo frequentemente a presença do Papa.

A hora do ângelus é um momento de puro contato com a Virgem Maria e uma oportunidade de reflexão da Fé Cristã e das práticas tomadas no dia a dia. Nos instantes em que rezamos as Ave- Marias intercaladas com os versículos bíblicos revivemos o momento da anunciação da vinda do nosso Salvador ao mundo. A Fé se fortalece a partir de rituais como este, a áurea de Santificação que nos envolve durante estes momentos de comunhão com o Divino é de total importância na intensificação e no sentido dado a nossa prática como Cristãos.

As orações podem ser tanto no âmbito coletivo na reunião em comunidade, como ocorre em algumas Igrejas, quanto pode ser um momento individual de orações. Durante a manhã a hora do ângelus serve como parte de um ritual de orações que nos concedem bênçãos durante todo o dia. Ao meio dia o caráter reflexivo da oração se faz mais presente, ao analisarmos a primeira parte do nosso dia com a segunda que estar por vir. O terceiro momento ao entardecer é um momento de pura reflexão com base no Evangelho, reflexão do nosso comportamento no dia que passou. Agradecer a Deus e a Virgem Maria por todas as graças e a proteção que recebemos é também outra característica de suma importância ao recitarmos o ângelus, pois a compreensão de que precisamos da proteção superior é um importante passo para uma perfeita comunhão com Deus.

Oração da hora do ângelus:

V. O Anjo do Senhor anunciou a Maria.
R. E Ela concebeu do Espírito Santo.
V. Ave Maria cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.
R. Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora da nossa morte. Amém.
V. Eis aqui a escrava do Senhor.
R. Faça-se em mim segundo a vossa palavra.
Ave Maria…
V. E o Verbo se fez carne.
R. E habitou entre nós.
Ave Maria…
V. Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
V. Oremos: Infundi, Senhor, a vossa graça em nossas almas para que, conhecendo pela anunciação do Anjo a encarnação de vosso Filho bem-amado, cheguemos por sua paixão e cruz, à glória da ressurreição. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Glória ao Pai… (repete-se 3 vezes)

Oração durante o período da páscoa:

V. Rainha do Céu, alegrai-Vos.
R. Aleluia!
V. Porque o Senhor que merecestes trazer em vosso seio.
R. Aleluia!
V. Ressuscitou como disse
R. Aleluia!
V. Rogai por nós a Deus.
R. Aleluia!
V. Regozijai-vos e alegrai-vos, ó Virgem Maria, aleluia!
R. Pois o Senhor que merecestes trazem em vosso seio, aleluia! Ressuscitou como disse. Aleluia, aleluia!
V. Oremos: Ó Deus, que Vos dignastes alegrar o mundo com a Ressurreição do vosso Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, concedei-nos, Vos suplicamos, a graça de alcançarmos pela proteção da Virgem Maria, Sua Mãe, a glória da vida eterna. Pelo mesmo Jesus Cristo Senhor nosso. Amém.
Glória ao Pai… (repete-se 3 vezes)

Exame de Consciência

(Para o fim do dia)

Deveres para com Deus: Lembrei-me de Deus durante o dia oferecendo-Lhe o meu trabalho, dando-Lhe graças, recorrendo a Ele com confiança de filho? Deixei-me vencer pelos respeitos humanos em algum momento? Fiz as minhas orações pausadamente com atenção e devoção?

Deveres para com o próximo: Tratei com dureza ou desprezo os demais? Tive a preocupação de ajudar os que me rodeiam, fazendo-lhes, além disso, a vida mais agradável? Preocupa-me também a sua vida religiosa? Fiz algum apostolado? Caí na murmuração? Sei perdoar? Rezei pelas pessoas que de algum modo me preocupam?

Deveres para comigo mesmo: Lutei pela minha própria santificação? Deixei-me levar por sentimentos de orgulho, vaidade, sensualidade? Esforcei-me por arrancar o meu defeito dominante? Recorri a Deus para que aumente em mim todas as virtudes e, especialmente, a fé, a esperança e a caridade?

Ato de contrição: Meu Deus, porque sois tão bom, tenho muita pena de vos ter ofendido. Ajudai-me a não tornar a pecar.